sábado, 25 de agosto de 2012

CAMINHO DE SANTIAGO





Apenas 380 km de distância separam a cidade de Mendoza de Santiago de Chile. No entanto, a viagem através dos Andes, pelo Paso Los Libertadores, dura mais tempo do que o esperado: a estrada é sinuosa, as atrações são as cidadezinhas à beira da estrada, e  todo o belo da paisagem nos fazem sentir perto do céu, como se estivéssemos vendo os mundo com os olhos de Deus.
Uspallata, no caminho para Santiago e subindo os Andes
Cruzar a fronteira no inverno tem o charme adicional de vislumbrar as montanhas nevadas, mas requer a tomada de precauções por parte dos motoristas. Depois de uma tempestade de neve, a passagem pode ficar fechada por horas ou dias, por isso é aconselhável entrar em contato com a polícia de fronteira (Gendarmería) antes de sair. Também, mesmo sem as nevascas, existe o viento blanco, que carrega partículas da neve e congelam o asfalto da estrada.
Vista dos Andes, desde Uspallata
  
Hotel Pukarainca, em Uspallata

Quando uma pessoa diz que faz meditação logo se imagina, principalmente nós do Ocidente, um sujeito sentado ao chão, com pernas cruzadas, braços na horizontal apoiados nos joelhos e com respiração leve e tranquila.
Acredito que a busca por um estado meditativo vai muito além do que o senso comum nos apresenta. Fazer o Caminho de Santiago, por exemplo, é uma forma de meditar. Caminhar sozinho, tendo como companhia uma natureza deslumbrante, estimula a reflexão e o relaxamento físico.
Em algumas situações, inclusive, algumas pessoas alcançam um estado de profunda meditação caminhando, tamanha a concentração que se pode obter. Quando se chega nesse estágio, mochila e peregrino se fundem. O peso carregado passa a não ser sentido. Tudo se torna uma coisa só.



Nenhum comentário:

Postar um comentário