CHILE:Vale Nevado
Litoral do Chile
O Chile é destino para ser apreciado aos poucos e em mais de uma viagem. Sua geografia de extremos, espremida entre o Pacífico e as cordilheiras dos Andes, garante a seus visitantes uma das viagens mais cenográficas de todo o continente. No norte, as terras áridas do Atacama, comparadas ao solo encontrado em Marte, contrastam com o sul gelado, como as belas cidades de colonização alemã da Região dos Lagos. A capital, Santiago, sofre dos mesmos problemas encontrados em outras grandes capitais sul-americanas, mas consegue encantar com um visual único: as Cordilheiras dos Andes, que muitas vezes podem ser vistas logo ali, da janela do hotel. As opções são tão extensas que é preciso viajar até a metade do caminho para a Polinésia Francesa para testemunhar um dos cenários mais impactantes em terras chilenas: a distante e misteriosa Ilha de Páscoa, a 3.526 quilômetros do continente, onde se encontram espalhados mais de 900 exemplares de moais, as famosas estátuas de pedras que, segundo estudos, eram a representação de célebres antepassados de origem rapa nui.
COMO CHEGAR
A principal porta de entrada para o Chile é a capital Santiago, servida pelo Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benítez (www.aeropuertosantiago.cl), também conhecido como Pudahuel, a 20 quilômetros do centro de Santiago. Mas Punta Arenas, na Patagônia, recebe voos de Ushuaia, na Terra do Fogo argentina, em seu Aeroporto Internacional Carlos Ibañez del Campo, e em Antofagasta, no norte, também pousam voos vindos da Argentina, no Aeroporto Internacional Cerro Moreno.Existem voos diretos de São Paulo pela Gol (voegol.com.br), TAM (www.tam.com.br) e LAN (www.lan.com). Essa última também tem conexões com o Rio de Janeiro.
Outra forma de chegar ao país é uma longa jornada de ônibus, com a Pluma (www.pluma.com.br), que possui uma linha que começa no Rio de Janeiro rumo a Santiago, com paradas em São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. Outra alternativa é a Chile Bus (www.chilebus.com.br). Do Rio até Santiago leva 60 horas.
Entradas rodoviárias pela Bolívia, Peru e Argentina (principalmente Mendoza e El Calafate) são opções para quem visita outras regiões. Isso sem contar a clássica travessia dos Lagos Andinos, entre Puerto Montt e Bariloche, na Argentina.
Para quem quer ir ao Chile de carro, o melhor caminho desde o Rio ou São Paulo é seguir pela BR-116 até Curitiba e de lá pela BR-101 até Florianópolis e Porto Alegre. Para Uruguaiana, fronteira da Argentina, pega-se a BR-290. O Paso de los Libres está do outro lado, e serão quase 1.400 quilômetros rodados em território argentino, passando por Santa Fé até Mendoza. Sepois até Santiago serão mais 340 quilômetros de viagem – é hora de atravessar a Cordilheira dos Andes, numa estradinha de duas mãos, lenta e linda. É preciso ter documentação específica para atravessar as duas fronteiras dirigindo. O documento do carro, por exemplo, deve estar em nome de quem vai guiar ou levar uma autorização com dados do proprietário do veículo (mais informações nas embaixadas da Argentina: brasil.embajada-argentina.gov.ar; Chile:embchile.org.br).
COMO CIRCULAR
O Chile não possui um grande território em termos de área, mas entre o Deserto de Atacama e a Terra do Fogo as distâncias são imensas. A maioria da rotas aéreas é operada pela LAN (www.lan.com). Linhas ferroviárias são práticas e baratas, assim como ônibus de empresas como Tur Bus (www.turbus.com) e Pullman (www.pullman.cl). Rodar de carro é fácil, mas nem sempre barato.
SUGESTÕES DE ROTEIRO
É difícil conhecer o Chile de uma só vez. O país é tão diversificado, plural, que vale a pena visitá-lo em partes.
Para o iniciante, um belo roteiro é combinar uma visita à capital Santiago (3 dias), com visitas de um dia aos vinhedos de seu entorno e às cidades litorâneas de Viña del Mar e Valparaíso. Então, tome o rumo sul e dedique de 3 a 4 dias na região dos Lagos, visitando Villarrica, Puerto Varas, Puerto Montt, Frutillar e Osorno. Se quiser, pode combinar o roteiro com a travessia dos lagos andinos até Bariloche, na Argentina.
Para os mais experientes, há dois outros roteiros possíveis, um para o norte, visitando San Pedro de Atacama e suas muitas atrações, e o outro para a Patagônia chilena, explorando Puerto Natales e as magníficas Torres del Paine -- aqui também é possível conciliar um tour pelo lado argentino, passando por El Chaltén e El Calafate.